MS lidera taxas de feminicídio e estupro no País, aponta estudo do mapa da segurança

11/ 06/25
Local de feminicídio ocorrido em janeiro de 2024, em São Gabriel do Oeste. Foto: Arquivo
Feminicídio sgo crime
Por: Redação Veja Folha |  MS
Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou 421 homicídios dolosos, uma redução de 7,06% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 453 casos. A taxa estadual ficou em 14,01 mortes por 100 mil habitantes, abaixo da média nacional de 16,64. No entanto, os feminicídios aumentaram 16,67%, ando de 30 para 35 casos no mesmo período.
Com isso, o estado alcançou a segunda maior taxa de feminicídios do Brasil: 2,39 mortes por 100 mil mulheres, mais que o dobro da média nacional (1,34). A região Centro-Oeste teve o maior índice regional, com 1,87 casos por 100 mil mulheres. A maioria das vítimas de homicídio no estado segue sendo homens (356), mas os dados destacam a necessidade de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres.
Mato Grosso do Sul também está entre os estados com maior número absoluto e taxa proporcional de estupros. Foram 2.715 casos registrados em 2024, sendo 1.968 vítimas mulheres e 259 homens. A taxa estadual ficou em 81,46 estupros por 100 mil habitantes, a quarta maior do país e mais que o dobro da média nacional (39,10). Apesar do alto índice, houve queda de 14,98% em relação a 2023.
Homicídios dolosos e latrocínios
Nos homicídios dolosos (com intenção), Mato Grosso do Sul ocupa uma posição intermediária no ranking nacional. São Paulo (5,17), Santa Catarina (6,20) e Distrito Federal (6,81) tiveram as menores taxas, enquanto Ceará (34,42), Pernambuco (33,55) e Alagoas (30,96) registraram os índices mais altos.
Além dos homicídios, o estado apresentou crescimento alarmante nos latrocínios (roubos seguidos de morte). Foram 22 casos em 2024, um aumento de 266,67% em relação aos seis registros de 2023 — o maior percentual entre todos os estados. No Brasil, ocorreram 956 latrocínios no ano, média de três por dia, com leve queda de 1,65%.
Mortes sem esclarecimento
Mato Grosso do Sul lidera ainda o ranking de mortes sem indícios de crime e sem esclarecimento: 798 registros em 2024, equivalente a 27,5 casos por 100 mil habitantes, a maior taxa do país.
Em contraste, o estado teve o segundo menor número proporcional de desaparecimentos (391 casos). São Paulo registrou o maior número absoluto (19.966), e o Acre, o menor (376).
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